terça-feira, 29 de março de 2011

Viagem a Austrália e Nova Zelândia - Sexto Capítulo: Rotorua, NZ

Dia trinta e um de dezembro de 2010, último dia do ano, saímos de carro, em direção à Rotorua
Chegamos à tarde, e percebemos logo o cheiro peculiar que paira no ar. A cidade cheira a “pum”. Essas emanações gasosas não são resultado de uma população mal educada, tão pouco de ovelhas peidorrentas, mas por causa do enxofre e outras substancias viscosas que borbulham no subsolo da cidade, que tem alta atividade termal. Rotorua é a cidade dos vulcões.
A tarde estava muito quente e nos hospedamos no Emerald Spa Resort. Nosso apartamento pegava o sol da tarde e o ar condicionado não estava funcionando. Minha filha reclamou muito e eles trouxeram um ar condicionado portátil, mas suspeitamos que esse não fosse suficiente para refrescar a sala e os dois quartos. Minha filha continuou brigando com a recepção e saiu para tentar outro hotel, mas todos estavam lotados. Briga inútil, pois à noite a temperatura baixou muito e todos nós dormimos debaixo do ededron. Foi muito divertido lembrarmos-nos da briga de minha filha com a recepção do Ressort.
À noite, fomos para um restaurante passar o réveillon. A cidade estava repleta de turistas. Interessante como a passagem de ano em qualquer lugar do mundo sempre se reveste de uma expectativa geral e um ar de alegria e descontração. O que nos intrigava, e até nos emocionava, era que entraríamos no ano de 2011 quinze horas antes do Brasil. Isso nos gerou boas brincadeiras no dia seguinte quando telefonamos para os parentes do Brasil. Dizíamos: “Aqui é uma pessoa do futuro falando com alguém do passado.”; “Olha, 2011 está ótimo, você também vai gostar quando chegar lá.”


Estávamos tirando fotos em frente ao restaurante e um jovem neozelandês ficava sempre atrás, dando uma de papagaio de pirata para divertir seus colegas. O que fizemos? Nós o convidamos para tirar foto conosco. Ele veio e os seus colegas o gozaram bastante.
Às 21h30min a garçonete nos avisou que o restaurante não iria servir mais, pois teria que fechar às 22 horas e assim fizeram todos os demais restaurantes. Como no Natal, no réveillon também ninguém trabalha na Nova Zelândia. Aqui os empregados também têm direito de passar essas importantes datas com os seus familiares.


Aí fomos para uma grande praça, onde havia um show de fim de ano com importantes artistas locais. Havia um grande público, milhares de pessoas. Aí nós notamos como é expressiva a população maori (indígenas da NZ) em Rotorua.
Qual não foi nossa surpresa quando tocou uma música brasileira. É sempre emocionante ouvir música brasileira fora do Brasil.
Neste instante o Igor dormiu e fomos para o hotel abrir a champagne, desejar felicidade no ano novo e fazer aquelas costumeiras promessas de mudança. Já estávamos em 2011, como eu mencionei acima, quinze horas na frente do Brasil! Olha que interessante!


Dia primeiro de janeiro fomos conhecer as termas de Kuirau Park, um conjunto de crateras, lagos sulforosos e piscinas térmicas. Na entrada tivemos oportunidade de conhecer o Kiwi: o pássaro símbolo do país. Como ele tem hábitos noturnos ele fica em um ambiente pouco iluminado. Kiwi é um pássaro grande parecido e quase do tamanho de uma galinha. Em seguida, fomos ver de perto os gêiseres.


Lá encontramos lagos de água fervente, poços de lama borbulhantes e buracos no chão donde saem aromáticos vapores. Foi uma experiência muito interessante e nova para nós. Para finalizar nossa visita ao Kuirau Park, assistimos a um show típico dos indígenas Maori.


De volta ao centro de Rotorua fomos passear às margens do belo lago de águas cristalinas, circundado por um parque arborizado e florido, formando um conjunto que representa uma das grandes atrações turísticas da cidade. Lá decidimos fazer um passeio de helicóptero, do qual participariam apenas os homens, isto é, eu, o Leandro e o Igor. No entanto, quando retornamos e descrevemos o vôo, a paisagem maravilhosa da natureza vista de cima e as emoções que sentimos ao sobrevoar uma região vulcânica, a Léia e a Karina criaram coragem e resolveram também voar e voltaram deslumbradas.
Em seguida havíamos programado uma visita ao Hells Gate Geothermal Park para uma sessão de massagem e banho numa piscina de lama, que prometia deixar a pele suave e sedosa. Como meu netinho Igor, de dois anos, não poderia ir, alguém teria que ficar com ele e o premiado foi eu. Ainda bem que eles foram e detestaram. Acharam o local feio, a lama mal cheirosa, o resultado decepcionante, além do preço muito alto, 75 dólares por pessoa. 

Para completar o dia fomos conhecer o Government Garden, um espaço belíssimo, com jardins muito bem cuidados e um portentoso palácio. Aproveitamos para tirar muitos fotos. Já no cair da tarde compramos algumas lembranças no centro. A área central da cidade é repleta de lojas, bares, restaurantes, boates e pubs.
Rotorua é um paraíso vulcânico, o local ideal para ver a natureza em sua forma mais poderosa e impressionante.
Foi com pesar que partimos no dia dois de janeiro e seguimos, de carro, para a última etapa de nossa viagem: Auckland.
Auckland será o tema de nosso post na próxima sexta-feira.


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