quinta-feira, 17 de março de 2011

O Trabalho Escravizou o Homem



Definitivamente o homem não nasceu para trabalhar. O trabalho é um atentado à natureza humana. O homem nasceu para andar pelado pela floresta usufruindo da mãe natureza. Sua única preocupação deveria ser caçar, pescar e subir nas árvores para colher os frutos que lhe são oferecidos generosamente. Assim foi no início. Ele vivia se divertindo, correndo, nadando, brincando com seus semelhantes e, principalmente, fazendo sexo com várias mulheres, pois a fidelidade como, o trabalho, também é uma afronta à natureza humana.

Assim o homem viveu milhares de anos sem se preocupar com nada, sem brigas, sem desentendimentos, sem sogra, sem cunhado mala e sem estresse! Maravilha!

Apareceu, porém, um débil mental: inventou o trabalho e decretou que o homem teria que trabalhar para não morrer de fome. Que loucura! Além disso, instituiu também o casamento e decretou: cada homem teria apenas uma mulher e cada mulher apenas um homem. Outra loucura!

Lá se foi o sossego. Todo mundo trabalhando como um condenado, para pagar as próprias contas, as contas da família, as do cunhado malandro, as do amigo caloteiro, da amante, e, principalmente, pagar os impostos para sustentar um bando de políticos corruptos.

O pior é que o trabalho vicia. O cara não consegue mais ficar sem essa droga. Tira férias, vai para uma praia, todo feliz da vida. Primeiro dia, ótimo; segundo também, mas nem tanto; no terceiro liga para o escritório e a secretária bajuladora diz que lá está um horror sem ele. No quarto dia já fica louco para voltar. Depois de uma semana retorna correndo para o trabalho, alucinado, como um paulista neurótico.

E o homem acaba fazendo qualquer coisa por dinheiro: trabalha honestamente, trapaceia, mente, rouba, mata e o “escambau” de Madureira. Bem, a gíria é antiga, mas se você não a entendeu não se preocupe porque eu também não, mas acho que ela cabe bem para definir a situação.

Voltando à vaca fria, vamos fazer um brinde ao ócio, exaltar a vagabundagem, a vida mansa, as pernas para o ar, que ninguém é de ferro.


Com base nesta “filosofia de vida” vários movimentos surgiram pelo mundo como o “no stress”, que busca dar um basta na nossa vida estressada, o “no worries” expressão que traduz bem um dos pilares do modo de vida dos australianos. Aliás, povo que sabe viver é o australiano: bermudão, chinelão, praia, prancha de surf, uma beleza!

No mesmo propósito foi criado também o Clube do Nadismo (não confundir com o Clube do Nudismo, que também é muito interessante) Seu objetivo é criar um momento especial que ofereça a oportunidade rara de efetivamente parar e não fazer coisa alguma. Maravilha, não acha?

Por falar nisso, vou descansar, trabalhei muito hoje: escrevi uma página inteira. Ufa! Preciso de férias! Férias!!!

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