quinta-feira, 10 de março de 2011

Brasil continua recordista em mortes no transito


O carnaval acabou. As Escolas de Samba brilharam como sempre, milhares de pessoas participaram dos blocos de rua, muita festa e uma explosão de alegria. O Carnaval é uma festa linda, democrática e contagiante. Infelizmente, nem tudo foi alegria. Os acidentes de transito deixaram um rastro de sangue nas rodovias federais, com dezenas de mortes e centenas de feridos. Os números são estarrecedores e todos nós sabíamos que isso iria acontecer.
No próximo feriadão, que acontecerá na semana santa podemos afirmar que teremos mais uma triste estatística de acidentes. O pior é que os números também mostram que a causa desta carnificina, na sua grande maioria, decorre da imprudência dos motoristas. Excesso de velocidade e ultrapassagem em local indevido são as duas principais causas.
Por que essa triste realidade não pode ser evitada? O que leva as pessoas a continuar arriscando suas vidas, mesmo sabendo das conseqüências?
Muita gente tenta explicar, atribuindo a culpa nas estradas mal construídas e mal cuidadas, na fiscalização deficiente da Polícia Rodoviária Federal, etc., etc. Realmente as estradas são mal construídas. Por exemplo, num estado extremamente montanhoso como Minas Gerais praticamente não existem túneis nas estradas. A rodovia vai contornando as montanhas e fazendo milhares de curvas perigosas. A manutenção das estradas também é precária. Pior que a fiscalização deficiente da Polícia Rodoviária é a legislação que realmente não pune quem a desrespeita.
No entanto existe outra causa que considero a principal delas, embora seja pouco comentada. Sempre houve no Brasil a cultura da velocidade. Motorista bom é aquele que corre muito, que consegue fazer uma viagem de 250 km em apenas duas horas. O motorista que faz esta façanha sai contando para todo mundo, como se fosse um herói.
Motorista que não ultrapassa a velocidade permitida é roda dura. O bonito é correr. Talvez por isso haja tantos pilotos brasileiros fazendo sucesso nos diversos circuitos de velocidade pelo mundo. Mas rodovia não é lugar de competição e enquanto continuarmos com esta cultura estúpida continuaremos contando nossos mortos e feridos. Infelizmente.
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