sábado, 7 de maio de 2011

A revoltante carga tributária do Brasil: dois quintos dos infernos

A carga tributária no Brasil anda em torno de 38% do PIB (Produto Interno Bruto). Essa é uma das maiores tributações do mundo. Se considerarmos o custo-benefício para a população é até covardia. Nós temos, certamente, um dos piores custo-benefício do planeta.

Para onde vai esta montanha de dinheiro?

Para comprar os mensaleiros? Para as casas legislativas com seus funcionários fantasmas, passagens aéreas, verbas indenizatórias, verdadeira farra com dinheiro público?

Ou para o desperdício, a ineficiência e também corrupção no Executivo e Judiciário?

Enquanto isso, a saúde, educação, transporte, segurança e saneamento básico, funções básicas do estado, cada dia mais caóticos. E o povo batendo palmas e avaliando o governo federal como se fosse uma maravilha.

Aí eu fiquei pensando: quando o Brasil era colônia de Portugal, a coroa portuguesa cobrava um alto tributo de tudo que era produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima era chamada de “O Quinto”. Daí surgiu o termo “O quinto dos infernos”, que passou a ser utilizado para definir tudo que era ruim.

Naquela época o povo brasileiro era menos passivo e quando Portugal quis cobrar os impostos atrasados de uma única vez, a famosa “derrama”, houve muito protesto, culminando com a Inconfidência Mineira, que embora descoberta e punida, foi muito importante para alcançarmos a independência em 1822.

Hoje pagamos praticamente “dois quintos dos infernos” de impostos e não há nenhuma manifestação popular de protesto. Todos nós aceitamos pacificamente esse absurdo e continuamos elegendo os mesmos políticos que nos roubam.

Será que perdemos nosso poder de indignação, revolta e protesto?
Não seria melhor voltarmos a ser colônia de Portugal?

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