sábado, 28 de maio de 2011

Governo Dilma enfrenta sua primeira crise antes de completar cinco meses de mandato


A presidente Dilma, nos seus primeiros cem dias de mandato, surpreendeu positivamente até aos seus mais ferrenhos opositores.

Primeiro ela bateu de frente com sua base aliada (leia-se, principalmente, o PMDB) recusando-se a promover o festival de nomeações para cargos públicos, prática que aconteceu nos dois mandatos anteriores do PT. Depois endureceu o jogo na aprovação do valor do salário mínimo, manteve-se irredutível no valor de R$545,00, limite definido pela sua área econômica e conseguiu sua aprovação. Para completar seu comportamento discreto foi muito elogiado, contrastando com o ex-presidente Lula, que durante oito anos de governo não desceu do palanque, numa constante autopromoção de seu governo e, principalmente, de sua pessoa.

A partir daí começou seu inferno astral. A notícia do estonteante espetáculo do enriquecimento de seu ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, fato já comentado neste espaço por meio do post de 18 de maio último, continua se arrastando na mídia, sem que haja uma explicação convincente. Agora o Ministério Público resolveu investigar o caso, o que pode trazer sérias conseqüências.

Os desdobramentos desse caso tem prejudicado sensivelmente a imagem do governo e a insistencia  em manter o ministro no cargo, utilizando o método da avestruz, agindo como se nada estivesse acontencendo, pode custar muito caro. 

Paralelamente, a derrota do governo na votação do Código Florestal abalou sua relação com a Câmara de Deputados. O choro do líder do governo Candido Vacarezza após a votação foi deprimente.

No meio deste tiroteio, o governo teve que cancelar a distribuição do kit anti-homofobia nas escolas, pressionado pela bancada evangélica.

Nesta semana o ex-presidente Lula reapareceu em Brasília, praticamente assumindo a coordenação política junto ao Congresso e deixando a presidente Dilma em posição desconfortável, já que esta função é do presidente atual.

São muitos problemas para um mandato que está apenas começando.

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