quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dilma reconhece méritos de Fernando Henrique Cardoso


Os oito anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso consolidaram a estabilização da moeda e a modernização do Brasil, criando condições para o atual crescimento econômico que estamos vivendo hoje.

Para ser mais justo tudo começou com Fernando Collor de Melo, que hoje é mais lembrado pelo confisco da moeda e pelo processo de impeachment do que pelo seu programa macroeconômico que iniciou a inserção do pais na globalização da economia calcado em quatro pilares básicos: a abertura do mercado, a privatização das empresas estatais, a quebra de monopólios e o controle das contas públicas. Pelo menos os três primeiros pilares ele teve a coragem de implantar, mesmo enfrentando as mais drásticas resistências da oposição.

Este processo estava tão afinado com a modernidade que se tornou irreversível e mesmo com a saída do Collor e a posse de Itamar Franco, que a princípio era contrário às idéias chamadas neoliberais, deu continuidade na política econômica e realizou a grande façanha de estabilizar a moeda por meio do Plano Real, que é creditado a FHC, então ministro da Fazenda, mas sob o comando de Itamar presidente.

Quanto ao desempenho do governo FHC, transcrevo as palavras da presidente Dilma, em carta que foi entregue pelo seu ministro Nelson Jobim ao ex-presidente:

“Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear.
O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.
Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje.
Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato.
Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito.
Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias.
Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!”


Esta foi a herança deixada por FHC para Lula, cuja política rasteira e revanchista, chamou de herança maldita.


Felizmente temos agora na presidência uma pessoa que nos surpreende com esta atitude de verdadeira estadista.


A história fará justiça a Fernando Henrique Cardoso.





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