sexta-feira, 3 de junho de 2011

Com todos os problemas, o ministro Palocci é a cabeça mais brilhante do PT


A situação do ministro Palocci está ficando insustentável e sua substituição deverá ocorrer nos próximos dias. Aliás, sua saída não aconteceu antes por um motivo muito simples: ele é o mais importante ministro na articulação política da presidente Dilma. Senão vejamos: o ministro de Relações Institucionais Luiz Sérgio é totalmente inexpressivo, além de ser deputado e como tal não gozar do respeito dos senadores, o líder do governo na Câmara de Deputados Candido Vaccarezza é um desastre, todas as vezes que ele abre a boca é uma lástima. Sendo assim, Palocci assumiu a Casa Civil como peça imprescindível no governo Dilma, daí a insistência em mantê-lo no cargo, mesmo com todo o bombardeio da mídia e o jogo rasteiro que mesmo os políticos da própria base aliada estão fazendo para levar vantagem. É o caso, por exemplo, do deputado Anthony Garotinho (PR/RJ) que após liderar a bancada evangélica exigindo a retirada do kit gay, afirmou que Palocci representa um diamante de vinte milhões que será utilizado como moeda de troca para aprovação de suas demandas. Isto é mais do que chantagem, é colocar a corda no pescoço do governo. Com uma base aliada assim o governo não precisa de oposição.

É uma pena que Palocci acaba sempre em enrascadas por mau comportamento pessoal, pois no primeiro governo de Lula foi ele foi o grande responsável, com o apoio do presidente, pela manutenção da política econômica do governo FHC, contrariando os petistas mais radicais, os bolchevistas retrógrados, que queriam alterar os pilares da macroeconomia, o que representaria na época um desastre total.

O resultado foi o grande crescimento econômico que vivemos atualmente e que começou lá atrás, mesmo antes de FHC, com a abertura do mercado, a privatizações das estatais, a quebra dos monopólios e a independência do Banco Central.

A substituição do Palocci pelo apático Mantega interrompeu um excelente trabalho que ele vinha fazendo.

Na verdade o Palocci não tem adversários na oposição e sim no seu próprio partido. Prova disso é que na reunião da Executiva do PT, ontem, dia 02/06, o governo interferiu não para que saísse uma nota favorável ao ministro, mas sim para que a nota não o detonasse. No final a Executiva preferiu não emitir a temida nota.

Dentro do PT já há um movimento para a substituição do Palocci. Os nomes mais fortes são de Paulo Bernardo, José Eduardo Cardozo e Miriam Belchior, atuais ministros das Comunicações, Justiça e Planejamento. Neste caso terá que haver nova nomeação para os cargos que eles exercem.

Vamos aguardar os emocionantes próximos capítulos.

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