quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por que a Justiça e a Polícia Militar não agem com o mesmo vigor nas invasões do MST?


Nos últimos dias acompanhamos a invasão da reitoria da Universidade de São Paulo - USP, pelos seus estudantes. Procurei nas palavras dos próprios estudantes invasores uma justificativa para o ato extremo e não encontrei. O campus da Universidade é um local público, por onde passam, diariamente, um grande número de pessoas. É perfeitamente natural que a Polícia Militar faça a segurança do local. No entanto, esta parece ser a grande revolta dos estudantes, eles não concordam com a presença da PM na Universidade.  Difícil entender, não?

Os estudantes invadiram o prédio, a USP recorreu à Justiça e esta, prontamente, concedeu a reintegração de posse, dando prazo para os estudantes deixarem o local. Inicialmente eles teriam que deixar as instalações da Reitoria no sábado último, até as dezessete horas. Este prazo foi postergado para esta segunda-feira, às vinte e três horas. Como os estudantes não atenderam ao mandato judicial, a polícia os retirou à força, efetuando setenta e duas prisões. Os estudantes poderão ser indiciados por formação de quadrilha, dano ao patrimônio público e formação de quadrilha.

Tudo bem. Com uma semana tudo foi resolvido.

Agora a pergunta: Por que a justiça e a polícia não agem com a mesma presteza e a mesma força quando se trata das invasões de membros do Movimento Sem Terra – MST?

Eles não invadem apenas as fazendas, eles invadem prédios públicos também e para tirá-los demora uma eternidade. Qual a diferença?

Nenhum comentário:

Postar um comentário