segunda-feira, 18 de abril de 2011

Batendo Bola


Finalmente os campeonatos estaduais de futebol vão começar




Depois de três meses de uma disputa desigual e desnecessária, finalmente os campeonatos estaduais de futebol entrarão na fase decisiva. Ao longo deste período os times do RJ, SP e MG, que disputam a série A, do Campeonato Brasileiro jogaram com equipes das séries C, D e algumas que não disputam nenhuma série do Brasileiro.

No final desta primeira fase, apenas o Botafogo, entre as onze equipes destes três estados que disputam o Brasileirão não se classificou.

Desta forma, não vejo o menor sentido de estas competições terem tantos clubes sem nenhuma expressão, alongando a primeira fase. Seria muito mais racional reduzir o número de participantes e realizar um campeonato estadual enxuto, com uma forma de disputa mais empolgante ou, o que seria ideal, voltar com os torneios Rio-São Paulo e Sul-Minas.

Conseqüentemente as equipes teriam mais tempo para a pré-temporada e o próprio Brasileirão poderia ser alongado, evitando as partidas de meio de semana.

Teremos no Campeonato Paulista, os quatro grandes e mais a Ponte Preta, Oeste, Mirassol e Portuguesa, no Carioca Fla, Flu, Vasco e Olaria e no Mineiro, Cruzeiro, Atlético, América BH e América TO disputando um mata-mata, onde tudo pode acontecer. As equipes que realizaram as melhores campanhas da primeira fase, praticamente não terão nenhuma vantagem, basta uma derrota para perder tudo que fizeram.

Bem, meu palpite para os campeões dos três estados é Fluminense, no Carioca, São Paulo, no Paulista e Cruzeiro, no Mineiro. Veremos!

 
O fim dos meias-armadores no futebol brasileiro
 

No futebol brasileiro sempre tivemos excelentes meias armadores. Didi, Gerson (foto), Rivelino, Ademir da Guia, Dirceu Lopes e muitos outros encantaram o mundo do futebol. Hoje, no entanto, há uma formidável carência de jogadores com esta habilidade, na grande maioria dos times brasileiros. Interessante notar, que os melhores armadores do futebol brasileiros são estrangeiros. Em 2009, o Pet, do Flamengo foi peça importantíssima na conquista do campeonato nacional. No ano passado os destaques foram Conca, do Fluminense, D’Alessandro, do Internacional e Montillo, do Cruzeiro. Todos estrangeiros, e o pior, argentinos. A única exceção nos últimos anos foi o Ganso, que por incrível que pareça foi preterido pelo “genial” técnico Dunga, na convocação para a Copa do Mundo, que acabamos perdendo sem contar com um meia armador de ofício.

Como explicar que os principais armadores de nosso futebol são estrangeiros? Naturalmente deve haver diversas explicações. Mas certamente a principal é a obsessão que tomou conta de nossos treinadores pelo futebol de marcação, pela “pegada”, pelos volantes brucutus. Nas categorias de base jogador de meio campo que não marca é eliminado, sempre se privilegia o marcador. Tenho convicção que reside aí a principal explicação pelo sumiço dos nossos armadores e sinto-me envergonhado ao constatar que nossos times precisam importar da Argentina seus armadores. O futebol brasileiro não precisava passar por isso. Lamentável.

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