sábado, 30 de julho de 2011

Viagem ao Chile - segundo capítulo - City Tour por Santiago e Vinícola Concha y Toro


3º. Dia: City Tour por Santiago e Visita a Vinícola Concha y Toro

Ás oito horas tocou nosso telefone, no quarto do hotel. Era o guia do nosso passeio. Gostamos da pontualidade, mas, como bons brasileiros ainda não estávamos prontos. Demoramos mais uns dez minutos para descer, o guia nos recebeu com um sorriso e embarcamos na van, já cheia de turistas, todos brasileiros, ou melhor, havia uma equatoriana, mas ela já mora há três anos em Santiago, onde estuda arquitetura. Muito simpática, por sinal.

Inicialmente percebemos que a arquitetura da cidade mescla edifícios modernos com construções neoclássicas e coloniais, uma característica interessante. Segundo o guia, nas décadas mais recentes as construções têm sido desenvolvidas sob a influência das tendências inovadoras que se espalhou pelo mundo.

A primeira parada foi no Cerro Santa Lucia, um mirante com vista panorâmica da cidade, com a Cordilheira dos Andes ao fundo. “Sacamos” muitas fotos, para usar um termo bem local. Foi no Cerro Santa Lucia que se fundou a cidade de Santiago em 1541.

Em seguida, fomos para o Centro Histórico:

- Plaza de Armas, com todos os seus prédios: Catedral Metropolitana de Santiago, Correios, com mais de dois séculos de existência, foi também residências dos governadores, a Municipalidade (Prefeitura) de Santiago, o Museu Histórico Nacional, etc.


- Biblioteca Nacional: É uma das mais antigas da América Latina, de estilo neoclássico, possui alguns dos salões mais belos da arquitetura chilena de princípios do século XX.


- Palácio de Governo: Conhecido como La Moneda, pois foi construído para ser a Casa da Moeda, possui uma das fachadas mais imponentes da América Colonial. É também sede do governo nacional.


- Teatro Municipal de Santiago, inaugurado em 17 de setembro de 1857, com a ópera Ernani, de Giuseppe Verdi.

Finalizando o city tour fizemos uma parada numa loja de artesanato, especialista em peças de lápis-lazúli, pedra existente apenas no Chile e no Afeganistão. Os preços é que não são nada convidativos.

Achamos o tempo gasto na loja um pouco excessivo, mas vamos em frente que a vinícola nos espera.

Ao sair da cidade passamos pela construção do prédio que será o mais alto da América do Sul, com 300 metros de altura. Sua inauguração está prevista para 2012. A foto não ficou muito boa, pois foi tirada de dentro da van em movimento.


Observamos que mesmo nos bairros periféricos, a cidade é limpa e quase não se vê pichações por aqui.

Paramos na estrada para o almoço. Enquanto almoçávamos, assistimos a um show musical: um cantor regional e um casal de dançarinos. A comida nos agradou, bem como os artistas.



Chegamos, finalmente, na vinícola, cujo nome é uma homenagem ao seu fundador, Don Melchor Concha y Toro. A vinícola é a maior do Chile, atualmente controlada pelas famílias Guilisasti e Larrain. A empresa representa 37% do mercado interno chileno e 31,4% das exportações chilenas de vinho. 70% de suas vendas são para exportação para aproximadamente 110 países.


Após uma palestra, contando a história da empresa, cada visitante ganha uma taça de vinho jateada com o nome Concha Y Toro. Com ela nós vamos degustando os vinhos.


Seguimos para o imenso depósito de barris de carvalho, onde o vinho é envelhecido. Nesse processo a madeira libera ao líquido, cor e aroma particular, proporcionando-lhe características físicas, químicas e organolépticas superiores. O oxigênio, que penetra através dos poros da madeira, participa das reações de óxido-redução, interferindo no aroma e no gosto do destilado envelhecido. Cada barril é utilizado por quatro vezes.


Dirigimos-nos para a área destinado ao famoso Cassillero Del Diablo, cuja lenda remonta a mais de 100 anos. Naquela época, Don Melchor Concha y Toro, depositava na adega subterrânea (casillero) garrafas dos melhores vinhos de cada safra. Ao perceber que as garrafas estavam sumindo e sabendo que o povo da região era muito supersticioso ele divulgou a notícia que ali morava um Diabo. Em pouco tempo as garrafas deixaram de sumir e a história foi se consolidando e hoje é bem explorada mercadologicamente. O depósito é guardado por um portão de ferro cadeado, com a figura do diabo ao fundo.


Para concluir a visita, seguimos para o prédio que além da loja abriga também um wine bar e um restaurante. Na loja estão disponíveis para venda, a preços bem razoáveis, além do Casillero Del Diablo, que na verdade é um dos mais fracos da vinícola, também os vinhos de primeira linha como o Don Melchor, Almaviva e Carmin de Peumo.

Agora vai uma dica importante para quem quer fazer este passeio, mas não está disposto a gastar muito. Nós fizemos por meio de uma agencia de viagens e pagamos 64 dólares pelo passeio, por pessoa. Detalhe: O city tour é totalmente desnecessário, dá para fazer tudo a pé. A visita a vinícola também pode ser feita particularmente. Pegue o metrô e vá até o final da linha 4. Lá você pega um táxi e quinze minutos depois estará na portaria da vinícola. Não se esqueça de fazer a reserva antes, por meio do hotel ou pelo site.

No próximo post falaremos do passeio ao Valle Nevado.

Um comentário:

  1. Muito bacana o post, bem ilustrado. O Chile é mesmo um belo país, além disso é alto e magro. Descobri mais uma vantagem de ser cadeirante: abre as torneirinhas dos barris e me empurra, viro a cabeça pra cima e consigo provar todos os vinhos! Difícil vai ser frear no final...

    ResponderExcluir