quinta-feira, 28 de julho de 2011

Viagem ao Chile - primeiro capítulo - Conhecendo o Centro Histórico


1º. Dia: Uma Tarde Inesquecível

Chegamos ao Chile às quatorze horas do dia seis de julho de 2011 e vivemos uma tarde realmente inesquecível.



Viajamos: minha mulher, Léia, minha filha Karina, meu netinho, Igor e eu. Reservamos pelo Booking, o hotel Agostina Suites, um quatro estrelas. Um susto inicial: onde estaria o motorista do translado oferecido pelo hotel? Demoramos mais de meia hora para encontrá-lo fora do local do desembarque internacional. Ele se confundiu e foi para o desembarque nacional. Tudo bem, apenas um pequeno incidente.


Ao chegarmos ao hotel começou o drama. O hotel, apresentado como quatro estrelas, era uma espelunca localizada no 12º andar de um prédio residencial enorme, onde havia mais três pseudo-hotéis e um grande número de residentes avulsos. Nossa reserva prévia: um quarto com duas camas de casal; o que nos foi oferecido: um apartamento minúsculo, no qual a sala foi improvisada como quarto com duas pequenas camas de solteiro e um quarto com uma de casal. Não havia calefação e a temperatura já estava próxima de zero. É claro que desistimos da reserva e fomos para a portaria do prédio com todas as nossas malas; éramos os mais novos “sem teto” de Santiago. Por sorte conseguimos ligar nosso notebook e conectar a internet ali mesmo na entrada do prédio. A Karina ficou tentando reservar outro hotel. Para nosso desespero os bons hotéis estavam todos lotados. Com o fechamento do aeroporto de Bariloche, os brasileiros optaram por Santiago do Chile, que fica próximo ao Valle Nevado. Vagas apenas nos apart-hotéis, péssimos. Tempo passando, temperatura baixando, a fome aumentando e não podíamos parar nem para tomar água. Léia e eu saíamos para verificar os poucos apart-hotéis em que havia vaga, e a Karina continuava pesquisando na internet. A noite chegou e nada. Mais fome, mais sede... tome desespero. Finalmente, às seis e meia da noite, a Karina descobriu vaga no hotel Plaza San Francisco, um ótimo cinco estrelas, localizado na Alameda Bernardo O’higgins, próximo da área histórica da cidade. De táxi corremos para lá. Foi um alívio. Banho, jantar no restaurante do Hotel e bom sono. Estávamos exaustos.

2º. Dia: Conhecendo o Centro Histórico

Começa, efetivamente hoje, nossa “viagem”, ontem foi uma lástima. Santiago do Chile localiza-se em um vale, entre duas cadeias de montanhas – a leste, a famosa Cordilheira dos Andes, e a oeste, a menos conhecida Cordilheira de La Costa. Possui 5,5 milhões de habitantes. É cortada pelo rio Mapocho, afluente do rio Maipo.
Universidade de Chile
Pela manhã um passeio pelos arredores do hotel. Próximo está o prédio da Universidade do Chile, onde os estudantes faziam greve, reivindicando ensino público, gratuito e de qualidade, como se vê na foto acima.

Além da Universidade, próximo ao hotel, há um interessante circuito cultural: Fundação Telefônica, Instituto Cultural Banco Estado, Centro Arte Alameda, Cultura Mapocho, Municipalidade de Santiago, Centro Cultural Palácio La Moneda, etc. Este último situa-se no subsolo do palácio com diversas exposições.

Após conhecer o circuito cultural, subimos o Paseo Estado, um calçadão que liga a Alameda Bernardo O’Higgins à Plaza das Armas, centro de Santiago, o marco zero do Chile, de onde se marcam as distâncias de todo o país. Ao redor dessa praça estão importantes prédios históricos como a prefeitura, o Museu de Arte Pré-Colombiana, a Catedral, o Museu Histórico Nacional, entre outros.

No Museu Histórico conhecemos os momentos marcantes da história do país retratados nos documentos, pinturas, fotografias, trajes, moedas, armas, itens arqueológicos, etc. O Chile foi descoberto em 1520, quando o português Fernando de Magalhães, na sua viagem de circunavegação, passou pelo estreito que liga o oceano Atlântico ao Pacifico e se tornou o primeiro europeu a pisar o solo chileno. O país viveu sob o domínio da Espanha até sua independência em 1818, por meio do movimento liderado por Bernardo O’Higgins, Fizemos um passeio pela história chilena, conhecemos os diversos presidentes que governaram o país ao longo dos anos, a fase sombria da ditadura militar de Pinochet, até chegarmos aos dias atuais. Acho interessante conhecer a história do país que visitamos.

Visitamos também o interior da Catedral. Tudo muito bonito. Celebrava-se, no momento, uma missa e havia um bom número de pessoas.

Saindo da igreja, vimos uma formação militar na praça. Percebemos que se tratava de jovens adolescentes. Informaram-nos tratar-se de alunos que apresentam problemas de disciplina ou mau comportamento nas escolas e que são recrutados, compulsoriamente, para o serviço militar. O objetivo é dar-lhes a formação que não tiveram em casa.

Ao andar pelas ruas e conversar com o povo, impressionou-nos a atenção, educação e cordialidade das pessoas. Observamos também que os chilenos, de modo geral, têm estatura muito baixa. Entre os transeuntes é raro encontrar uma pessoa da raça negra, mais raro ainda, um loiro. Até mesmo as loiras oxigenadas que proliferam no Brasil quase não se vê por lá. Fácil é ver brasileiro. Acredito que pelo menos 95% dos turistas no Chile, nessa época do ano, são brasileiros.

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