terça-feira, 5 de junho de 2012

Viagem à Europa – Primeiro Capítulo: Travessia no Splendour of the Seas, primeira parada em Recife e Olinda.


 No dia 09 de abril de 2012 embarcamos no luxuoso navio da Royal Caribbean International, Splendour of the Seas, com destino a Barcelona, na Espanha.  A previsão era de uma viagem de treze dias, com escala em Recife e nas ilhas Tenerife e Lanzarote, ambas pertencentes ao arquipélago das Canárias, que ao todo são sete ilhas, situado no continente africano, mas pertencente ao governo espanhol. Viajamos em grupo de sete pessoas amigas: Plinio, Nágila, Graça, Kiliam, Marinete, Léia e eu.


Realizar a travessia para a Europa de navio era um velho sonho meu, que não fora realizado antes por total falta de tempo. Os navios de cruzeiro chegam ao Brasil em novembro e retornam em abril do ano seguinte e como professor universitário eu sempre estava em pleno exercício de meu trabalho tanto em novembro quanto em abril.

O Splendour of the Seas se destaca pela beleza, luxo, conforto, entretenimento e atenção disponibilizados aos passageiros. O navio oferece campo de mini golf, com 18 buracos, parede de escalada, cassino, academia de ginástica, spa, piscina ao ar livre e coberta, solarium, lounges e bares temáticos, salões de jantar com parede de vidro, etc. Uma extensa programação de atividades para adultos e crianças é oferecida todos os dias. O navio é um grande hotel de cinco estrelas flutuante.

Até Recife foram três dias de navegação, nossa rotina diária era mais ou menos assim: Levantar por volta de 08h30m, um belo café da manhã, musculação na Academia, com vista para o mar, piscina, lanche, jacuzzi, almoço, descanso na cabine, aula de dança de salão, lanche, jogo de yam com os amigos, lanche, leitura, sauna, passeio pelas lojas, lanche, show no teatro, jantar no restaurante internacional, uma dançadinha no centrum e hora de dormir, que ninguém é de ferro!





Chegamos a Recife dia 12 de abril. Tivemos o dia livre para conhecer Recife e Olinda. Alugamos uma van e fizemos um city tour pelas duas cidades.

Inicialmente conhecemos a famosa Praia da Boa Viagem, que é muito bonita, bem urbanizada, destacando um lindo corredor de coqueiros.

De lá fomos para o centro histórico, conhecido como Recife Antigo, que nos remete ao passado, uma contemplação arquitetônica interessante, incluindo prédios antigos, calçamento de pedras, Marco Zero, as famosas pontes do Rio Capibaribe, etc. No entanto, está um tanto desgastado, carecendo de um investimento na sua restauração e preservação.


Descemos no Conjunto Arquitetônico da Praça da Republica para tirar umas fotos e conhecer os arredores. A praça é um dos cartões postais de Recife e vale a pena conhece-la. Entramos na Capela Dourada. Como o nome sugere ela é toda revestida de ouro, belíssima. Visitamos também o museu anexo.


Seguimos para Olinda, que é uma continuação de Recife, a separação é apenas administrativa. Fomos direto para o Alto da Sé, onde a vista é maravilhosa, perfeita para contemplar o por do sol. Infelizmente, teríamos que retornar ao navio às 17 horas. Visitamos a Catedral da Sé, com seus altares folheados a ouro e azulejos portugueses. Nela está o túmulo de Dom Helder Câmara, ex-arcebispo da cidade. Dom Helder ficou conhecido em todo o Brasil por ter sido um grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro. Pregava uma igreja simples, voltada para os pobres. Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo, inclusive, indicado quatro vezes, para o Prêmio Nobel da Paz.


Passamos pelo Convento de São Francisco, Palácio dos Governadores. Biblioteca Pública, Praça do Carmo, Farol de Olinda e ruínas do Senado da Câmara de Olinda,

Como já eram 16h30min, estava na hora de voltarmos ao navio. O motorista da van, o Antônio Salsa, foi muito atencioso e prestativo durante todo o percurso e também um bom guia turístico, explicando com detalhe, tudo que vimos. Logo que saímos eu falei que precisava utilizar o notebook e ele emprestou-me seu modem. Aí, a Léia, minha mulher, fez todas as transações bancárias que precisávamos. Ele também disponibiliza aos passageiros diversos carregadores de celulares. Além disso, era muito bem humorado. Ao voltarmos para o navio ele nos disse:

- Vejam como nós tratamos nossas mulheres aqui no nordeste. Em seguida ele ligou para sua mulher e disse: Vou passar dentro de dois minutos em frente ao seu escritório, esteja na porta com um cafezinho bem quente para seu marido. Daí a pouco passamos no local e lá estava uma bela morena com o cafezinho, toda sorridente. Temos muito que aprender com este carioca, que se transformou em um autentico nordestino “porreta”.

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