No
dia 09 de abril de 2012 embarcamos no luxuoso navio da Royal Caribbean
International, Splendour of the Seas, com destino a Barcelona, na Espanha. A previsão era de uma viagem de treze dias,
com escala em Recife e nas ilhas Tenerife e Lanzarote, ambas pertencentes ao
arquipélago das Canárias, que ao todo são sete ilhas, situado no continente
africano, mas pertencente ao governo espanhol. Viajamos em grupo de sete
pessoas amigas: Plinio, Nágila, Graça, Kiliam, Marinete, Léia e eu.
Realizar
a travessia para a Europa de navio era um velho sonho meu, que não fora
realizado antes por total falta de tempo. Os navios de cruzeiro chegam ao Brasil
em novembro e retornam em abril do ano seguinte e como professor universitário
eu sempre estava em pleno exercício de meu trabalho tanto em novembro quanto em
abril.
O Splendour
of the Seas se destaca pela beleza, luxo, conforto, entretenimento e atenção disponibilizados
aos passageiros. O navio oferece campo de mini golf, com 18 buracos, parede de
escalada, cassino, academia de ginástica, spa, piscina ao ar livre e coberta,
solarium, lounges e bares temáticos, salões de
jantar com parede de vidro, etc. Uma extensa programação de atividades para
adultos e crianças é oferecida todos os dias. O navio é um grande hotel de
cinco estrelas flutuante.
Até
Recife foram três dias de navegação, nossa rotina diária era mais ou menos
assim: Levantar por volta de 08h30m, um belo café da manhã, musculação na
Academia, com vista para o mar, piscina, lanche, jacuzzi, almoço, descanso na
cabine, aula de dança de salão, lanche, jogo de yam com os amigos, lanche,
leitura, sauna, passeio pelas lojas, lanche, show no teatro, jantar no
restaurante internacional, uma dançadinha no centrum e hora de dormir, que
ninguém é de ferro!
Chegamos
a Recife dia 12 de abril. Tivemos o dia livre para conhecer Recife e Olinda.
Alugamos uma van e fizemos um city tour pelas duas cidades.
Inicialmente
conhecemos a famosa Praia da Boa Viagem, que é muito bonita, bem urbanizada,
destacando um lindo corredor de coqueiros.
De
lá fomos para o centro histórico, conhecido como Recife Antigo, que nos remete
ao passado, uma contemplação arquitetônica interessante, incluindo prédios
antigos, calçamento de pedras, Marco Zero, as famosas pontes do Rio Capibaribe,
etc. No entanto, está um tanto desgastado, carecendo de um investimento na sua restauração
e preservação.
Descemos
no Conjunto Arquitetônico da Praça da Republica para tirar umas fotos e
conhecer os arredores. A praça é um dos cartões postais de Recife e vale a pena
conhece-la. Entramos na Capela Dourada. Como o nome sugere ela é toda revestida
de ouro, belíssima. Visitamos também o museu anexo.
Seguimos
para Olinda, que é uma continuação de Recife, a separação é apenas
administrativa. Fomos direto para o Alto da Sé, onde a vista é maravilhosa,
perfeita para contemplar o por do sol. Infelizmente, teríamos que retornar ao
navio às 17 horas. Visitamos a Catedral da Sé, com seus altares folheados a
ouro e azulejos portugueses. Nela está o túmulo de Dom Helder Câmara,
ex-arcebispo da cidade. Dom Helder ficou conhecido em todo o Brasil por ter
sido um grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar
brasileiro. Pregava uma igreja simples, voltada para os pobres. Recebeu
diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo, inclusive, indicado quatro
vezes, para o Prêmio Nobel da Paz.
Passamos
pelo Convento de São Francisco, Palácio dos Governadores. Biblioteca Pública,
Praça do Carmo, Farol de Olinda e ruínas do Senado da Câmara de Olinda,
Como
já eram 16h30min, estava na hora de voltarmos ao navio. O motorista da van, o
Antônio Salsa, foi muito atencioso e prestativo durante todo o percurso e
também um bom guia turístico, explicando com detalhe, tudo que vimos. Logo que
saímos eu falei que precisava utilizar o notebook e ele emprestou-me seu modem.
Aí, a Léia, minha mulher, fez todas as transações bancárias que precisávamos. Ele
também disponibiliza aos passageiros diversos carregadores de celulares. Além
disso, era muito bem humorado. Ao voltarmos para o navio ele nos disse:
-
Vejam como nós tratamos nossas mulheres aqui no nordeste. Em seguida ele ligou
para sua mulher e disse: Vou passar dentro de dois minutos em frente ao seu
escritório, esteja na porta com um cafezinho bem quente para seu marido. Daí a
pouco passamos no local e lá estava uma bela morena com o cafezinho, toda
sorridente. Temos muito que aprender com este carioca, que se transformou em um
autentico nordestino “porreta”.
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