terça-feira, 14 de agosto de 2012

Viagem ao Peru – Segundo Capítulo: Machu Picchu


Machu Picchu vista da montanha
Acordamos cedo e com muita expectativa no dia 09 de abril, pois iríamos cumprir o principal objetivo da viagem ao Peru: conhecer Machu Picchu (em língua quíchua, “velha montanha”), a cidade perdida, construída no século XV e que abrigou uma das civilizações mais importantes da história mundial.
Estrategicamente incrustrada na montanha, esta pérola da arquitetura, foi construída de forma a dificultar o acesso de quem não pertencesse ao império inca. Tanto assim, que somente quatro séculos depois que os europeus descobriram a América, esta preciosidade se tornou conhecida do mundo, por meio de seu descobridor, o historiador americano Hiram Bingham, em 1911. Elevado à categoria de Patrimônio Mundial pela UNESCO e eleita como uma das sete maravilhas do mundo moderno, Machu Picchu atrai turistas do mundo todo.

Confortável vagão da PeruRail
O meio de transporte mais adequado de Cusco para Machu Picchu é através da via férrea, explorada pela Peru Rail. O vagão é confortável, o serviço de bordo é muito bom e a particularidade é o teto de vidro que facilita a visualização da Cordilheira dos Andes. São 160 quilômetros, percorridos em três horas, através de uma natureza exuberante. Esta ferrovia é a segunda mais alta do mundo, perdendo apenas para a Qingzang, no Tibet.

Chegamos a Águas Calientes por volta das dez horas da manhã e um guia já nos esperava para pegarmos o ônibus que nos levaria ao destino final. Pouco mais de meia hora e estávamos na entrada de Machu Picchu.


Antes de começarmos a percorrer o labirinto de ruas, subimos ao alto da montanha para apreciar a cidade como um todo, numa visão magnifica e emocionante. Lá de cima, é possível distinguir a “cidade alta”, que era supostamente ocupado pelas castas religiosas e pelas famílias mais importantes e a “cidade baixa”, também supostamente habitada pelos operários e escravos.


A cidade ocupa em torno de cinco quilômetros quadrados e, na encosta, foram construídas terrazzas (sistema de plantio inca) e os seus sistemas de irrigação, além dos celeiros, onde era guardado o produto das colheitas.

Em seguida, descemos e começamos a percorrer a cidade, passando pelo Templo do Sol, a pedra sagrada (“roca sagrada”), a “Plaza Principal”, onde eram realizados os rituais religiosos, o “Templo de las Três Ventanas”, “Las Puertas”, Intihuatans, etc. Ao mesmo tempo íamos imaginando como deveria ser a vida dos incas naquele tempo.

Templo del Sol
Bruno, Nivaldo e Leandro


"Templo de las tres ventanas"

Intihuatana, local de cultos relacionados aos períodos agrícolas




Fim da visita a Machu Picchu, foto com nosso guia
Percebemos que paira no ar certo mistério, o que leva muitas pessoas a crer numa força espiritual e mística advindas da civilização inca.

A viagem a Machu Picchu foi um presente que dei ao meu filho Bruno, pela brilhante defesa de sua tese de doutorado na USP, mas eu também me senti presenteado.

Foram cinco horas de deslumbramento, perplexidade e emoção, realizando um sonho antigo. O sentimento de conhecer Mach Picchu foi semelhante ao que senti quando me vi diante das Pirâmides do Egito. Indescritível!

Um comentário:

  1. Muito bacana a descrição e as fotos, nos faz pensar nos motivos que levaram aquela civilização tão avançada a estagnar no tempo e não se tornar uma potência nos dias de hoje. Na próxima eu vou heim!

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