sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Marcos Valério, operador do Mensalão, volta a ser preso


Há poucos dias, a divulgação de que o famigerado Marcos Valério, suposto operador da mais noticiada rede de corrupção e desvio de dinheiro público dos últimos anos, havia voltado às suas atividades de lobista, juntamente com os seus sócios da empresa DNA Propaganda e circulava livremente, entre os órgãos do governo federal, surpreendeu muita gente. No imaginário popular Marcos Valério deveria estar preso ou, pelo menos, impedido de continuar com suas manobras ilícitas. Hoje sai a notícia de sua prisão e de seus sócios Ramon Hollerbach, Francisco Marcos Castilho Santos e Margaretti Maria de Queiroz na operação “Terra do Nunca” da Polícia Civil da Bahia, acusados de fraude em registros públicos de imóveis no interior da Bahia, que eram usados como garantia para empréstimos.

O juiz de Direito da comarca de São Desidério (BA) assinou vinte e três mandados de prisão, busca e apreensão. Quinze pessoas já foram presas nesta sexta-feira em Minas, São Paulo e Bahia.

O que impressiona neste caso é o reflexo da lentidão da justiça brasileira, que demora tanto a julgar um crime, que dá ao criminoso a chance de continuar seus delitos, impunemente.

O caso de Marcos Valério é apenas mais um. Existem outros até mais graves, como o caso do motorista de caminhão que atropelou e matou um motociclista, no mês passado, na Serra (ES) ao dirigir bêbado como foi visto em vídeo exibido pelo jornal Nacional. Ele já havia sido preso em 2010, após atropelar e matar outro motociclista, dessa, em Vila Velha (ES). Mais uma vez ele estava completamente bêbado.

Os pais da vítima do acidente de um ano atrás não se conformam com a impunidade do motorista. "Não tem como você aceitar que uma pessoa que cometeu um erro há um ano e meio, venha a cometer o mesmo erro, na mesma íntegra. Ele sofreu punição nenhum, nem teve a CNH apreendida", diz José Santos Stofel, pai do motociclista Eduardo Gonçalves.

No primeiro acidente ele foi preso, pagou fiança e aguardava o julgamento em liberdade, quando cometeu outro atropelamento e morte. Lamentável.

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