Com apenas dez meses de governo, a presidente Dilma (recuso-me a chamá-la de “presidenta”) foi obrigada a demitir seu sexto ministro. Cinco caíram depois de sofrerem graves denúncias de corrupção. Apenas o ministro Nelson Jobim saiu por ter criticado o governo. Parece-me que ele era o único ministro sério desse governo. Será que foi por isso que ele saiu?
Como das vezes anteriores o mau uso do dinheiro público nos ministérios denunciados já vinha ocorrendo há muitos anos, desde a época do governo Lula.
Foi exatamente o governo Lula, que em troca de apoio entregou os ministérios aos partidos (PR, PMDB, PCdoB, etc.) de “porteira fechada”, isto é, os ministérios passaram a funcionar como se fossem células independentes dentro do governo. A presidência perdeu o controle do que se passava em cada pasta.
O orçamento a eles destinado era utilizado a bel-prazer dos ministros e de seus assessores “verticalizados”, formando verdadeiros “feudos”. Dessa forma, era inevitável a corrupção.
Tudo Começou com o PM João Dias, fazendo sérias denúncias ao Ministério dos Esportes, por meio de entrevista para a revista Veja. Na reportagem, o policial que é ex-militante do PCdoB acusa Orlando Silva de envolvimento em irregularidades que teriam desviado mais de R$ 40 milhões do programa Segundo Tempo, em oito anos.
Mesmo assim, a presidente Dilma, orientada por Lula, tentou manter o ministro no cargo. A situação ficou insustentável após o Supremo Tribunal Federal acatar o pedido do procurador geral da República e abrir inquérito para investigar Orlando Silva.
O que vai acontecer? O ministro será substituído. Se ele for parlamentar volta para a Câmara ou para o Senado, como se nada houvesse acontecido e vai continuar levando a vida de Marajá, que nós patrocinamos para nossos bravos legisladores. E não se fala mais nisso!
Se não for parlamentar vai ocupar um dos 25.000 cargos comissionados que nosso governo dispõe para os “companheiros”.
Vamos aguardar o próximo escândalo.