Felizmente, no futebol o
ano de 2013 só me trouxe alegria. Brasil, campeão mais uma vez da Copa das
Confederações e o Cruzeiro, campeoníssimo do Brasileirão 2013, com uma
participação memorável, escrevendo mais uma página histórica e imortal,
demonstrando mais uma vez ser não apenas o Maior de Minas, mas também o Maior
do Brasil.
Tudo começou com uma
grande reestruturação do elenco de jogadores, com mais de 80% de mudança e a
contração de novo técnico, o Marcelo de Oliveira, bem conhecido da China Azul,
pois foi grande jogador de nosso maior rival, o Atlético Mineiro, onde também
foi técnico das categorias de base e até da equipe principal. Exatamente por
isso houve uma reação negativa por parte da torcida, o que foi totalmente
superado ao longo do ano.
O Cruzeiro perdeu o
Campeonato Mineiro deste ano, devido, principalmente, a um regulamento esdrúxulo,
pois ao longo da competição acumulou 40 pontos, enquanto o Atlético apenas 36.
Jogou três vezes com o Galo, ganhou duas e perdeu uma. Mesmo assim perdeu o
título. Nas duas partidas da final, perdeu uma por 3x0 e ganhou a outra por
2x1, isto é, perdeu o título no saldo de gols. Campeonato que começa por pontos
corridos e termina em mata-mata gera este tipo de injustiça.
O melhor estava por vir.
O Campeonato Brasileiro de 2013 ficará da história do futebol, pela exibição
fantástica do esquadrão azul. Na primeira rodada uma goleada de 5x0 sobre o
Goiás. E o resultado não foi devido a fragilidade do adversário, pois o time
goiano fez uma belíssima campanha ao longo do campeonato e sim o prenúncio de
uma equipe que iria brilhar intensamente durante toda a competição.
Apesar deste inicio
promissor o Cruzeiro sabia da grande dificuldade de conquistar o título, pois
além de vencer seus adversários teria de ultrapassar um esquema armado para
facilitar a vida das equipes do eixo Rio-São Paulo, formado pela Rede Globo, que paga
cotas de TV muito maiores, principalmente, para Flamengo e Corinthians e um grupo
de árbitros que erram quase sempre a favor dos times do eixo.
Todas as dificuldades
foram sendo superadas, a cada rodada o time cruzeirense foi mostrando sua
força, sua técnica, sua união, seu poder ofensivo e os gols foram saindo, foram
jorrando como uma cascata azul. Futebol bonito, limpo, toques rápidos e
precisos, o verdadeiro futebol arte, o verdadeiro futebol brasileiro.
Até a 34ª. rodada foram 23
vitórias, 72 gols marcados, com média de 2,12 gols por partida, aproveitamento
fantástico de 72,5% e o primeiro campeão a vencer todos os seus adversários na
era dos pontos corridos. Este é o Trem Azul, máquina de fazer gols, na sua
maioria, de beleza plástica invejável.
Neste momento de alegria
e festa, é inevitável lembrar o saudoso cronista esportivo Armando Nogueira, que
ao se referir ao Cruzeiro expressou de forma poética:
“Há muito tempo que vejo
o Cruzeiro, em campo, como um espelho azul do céu de Minas Gerais. É um
espetáculo deslumbrante quando o Mineirão se veste todo de azul profundo para
exaltar o futebol. Azul, cor da nobreza.
Não é por acaso que o
Cruzeiro tem sangue azul...”.
Grande Armando Nogueira,
em qualquer lugar que você esteja, saiba que o nosso Cruzeiro voltou a jogar
exatamente como você viu naquela época.
Para encerrar segue a
nova música cantada pela Nação Azul: