quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Viagem ao Peru – Terceiro Capítulo: Lima


Palácio do Governo
Dia 10 de junho de 2012, domingo, nosso último dia no Peru. Ao meio dia estaremos voando de Cusco para Lima. Chegaremos a Lima por volta de 13 horas e nosso voo para o Brasil sairá apenas as 22 horas, portanto, teremos toda a tarde para conhecer, mesmo que superficialmente, a capital peruana.

Levantamos cedo para sairmos para curtir um pouco mais Cusco. Logo que chegamos à rua principal, uma surpresa: um belo desfile popular, com direito a fantasias, bandeiras, banda de música, andor com santo, etc.

Desfile religioso

 Na Praça das Armas, assistimos também a solenidade da troca da bandeira.
 
Militares perfilados para a troca da bandeira
Logo que chegamos a Lima, pegamos um taxi e fomos para o Centro Histórico. Passava pouco das duas horas da tarde e já estávamos famintos. Almoçamos um ótimo prato da cozinha peruana e fomos para a Praça das Armas ou Praça Maior. Criada por Francisco Pizzaro, esta praça abriga a Catedral, o Palácio do Governo, o Palácio Arcebispal e a atual Municipalidade, antigo Cabildo, entre outras construções do período colonial.
 
Conhecemos inicialmente a catedral, que com seu formato quadrangular imita o modelo da Catedral de Sevilha, destacando suas torres altas, com telhado de ardósia. Dentro da catedral há um interessante museu, que, infelizmente, por ser domingo, não nos foi possível conhecer.


Catedral
Fotografamos, em seguida, o Palácio do Governo. Construído em 1937, é residência oficial do presidente do Peru e de sua família, desde 1938. Na entrada principal há uma estátua de Francisco Pizarro. No seu interior há uma grande coleção de pinturas e esculturas.

Bandeira do Peru
 Tiramos várias fotos na praça.
 
Plaza Mayor
 
 
Resolvemos embarcar num “trenzinho da alegria” estacionado na praça e nos surpreendemos, pois se tratava de um veículo turístico. Ele circulou por todo Centro Histórico, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, com o locutor descrevendo todos os prédios e monumentos ao longo do percurso.

Passamos por antigos casarões com sacadas talhadas em madeira, conventos, igrejas, Palácio de Torre Tagle e importantes monumentos como o do herói José San Martin, que proclamou a independência do Peru, em 1821.

Monumento a José San Martin
 Foi ótimo! Ficamos bem impressionados com o bom estado de conservação e preservação dos bens históricos de Lima.

Em seguida, visitamos uma interessante exposição de fotografias, retratando os profissionais de rua, que atuam em Lima, como engraxates, fotógrafos, chaveiros, jornaleiros, feirantes, amoladores, etc.

Já no final da tarde, pegamos mais um taxi e fomos para Miraflores, tradicional bairro de Lima, à beira mar, repleto de modernos edifícios residenciais, hotéis, shoppings, cassinos e bares.
 
Vista noturna da praia de Miraflores
  
 


Miraflores representa a parte moderna de Lima, cidade que nos Impressionou muito e merece outra visita, com pelo menos quatro dias para conhecê-la melhor.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Viagem ao Peru – Segundo Capítulo: Machu Picchu


Machu Picchu vista da montanha
Acordamos cedo e com muita expectativa no dia 09 de abril, pois iríamos cumprir o principal objetivo da viagem ao Peru: conhecer Machu Picchu (em língua quíchua, “velha montanha”), a cidade perdida, construída no século XV e que abrigou uma das civilizações mais importantes da história mundial.
Estrategicamente incrustrada na montanha, esta pérola da arquitetura, foi construída de forma a dificultar o acesso de quem não pertencesse ao império inca. Tanto assim, que somente quatro séculos depois que os europeus descobriram a América, esta preciosidade se tornou conhecida do mundo, por meio de seu descobridor, o historiador americano Hiram Bingham, em 1911. Elevado à categoria de Patrimônio Mundial pela UNESCO e eleita como uma das sete maravilhas do mundo moderno, Machu Picchu atrai turistas do mundo todo.

Confortável vagão da PeruRail
O meio de transporte mais adequado de Cusco para Machu Picchu é através da via férrea, explorada pela Peru Rail. O vagão é confortável, o serviço de bordo é muito bom e a particularidade é o teto de vidro que facilita a visualização da Cordilheira dos Andes. São 160 quilômetros, percorridos em três horas, através de uma natureza exuberante. Esta ferrovia é a segunda mais alta do mundo, perdendo apenas para a Qingzang, no Tibet.

Chegamos a Águas Calientes por volta das dez horas da manhã e um guia já nos esperava para pegarmos o ônibus que nos levaria ao destino final. Pouco mais de meia hora e estávamos na entrada de Machu Picchu.


Antes de começarmos a percorrer o labirinto de ruas, subimos ao alto da montanha para apreciar a cidade como um todo, numa visão magnifica e emocionante. Lá de cima, é possível distinguir a “cidade alta”, que era supostamente ocupado pelas castas religiosas e pelas famílias mais importantes e a “cidade baixa”, também supostamente habitada pelos operários e escravos.


A cidade ocupa em torno de cinco quilômetros quadrados e, na encosta, foram construídas terrazzas (sistema de plantio inca) e os seus sistemas de irrigação, além dos celeiros, onde era guardado o produto das colheitas.

Em seguida, descemos e começamos a percorrer a cidade, passando pelo Templo do Sol, a pedra sagrada (“roca sagrada”), a “Plaza Principal”, onde eram realizados os rituais religiosos, o “Templo de las Três Ventanas”, “Las Puertas”, Intihuatans, etc. Ao mesmo tempo íamos imaginando como deveria ser a vida dos incas naquele tempo.

Templo del Sol
Bruno, Nivaldo e Leandro


"Templo de las tres ventanas"

Intihuatana, local de cultos relacionados aos períodos agrícolas




Fim da visita a Machu Picchu, foto com nosso guia
Percebemos que paira no ar certo mistério, o que leva muitas pessoas a crer numa força espiritual e mística advindas da civilização inca.

A viagem a Machu Picchu foi um presente que dei ao meu filho Bruno, pela brilhante defesa de sua tese de doutorado na USP, mas eu também me senti presenteado.

Foram cinco horas de deslumbramento, perplexidade e emoção, realizando um sonho antigo. O sentimento de conhecer Mach Picchu foi semelhante ao que senti quando me vi diante das Pirâmides do Egito. Indescritível!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Viagem ao Peru – Primeiro Capítulo: Cusco e Vale Sagrado

Praça das Armas - Cusco - Peru
No dia 07 de junho de 2012 chegamos a Cusco, a 3.400 metros de altitude, cidade mais importante para o turismo do Peru, sendo o ponto de partida e chegada para Machu Picchu. No passado foi o centro administrativo e cultural do Império Inca.
Era meio-dia e nos instalamos no Hotel Terra Andina, localizado a 500 metros do Centro Histórico de Cusco, com instalações simples, mas bem confortáveis e com ótimo atendimento.
Para ganhar tempo almoçamos no próprio hotel e saímos para conhecer a área central da cidade.

Era dia de corpus christi e havia uma festa popular nas ruas, com grande aglomeração de pessoas, barraquinhas, banda de música, danças, etc. O povo peruano nos pareceu simples, porém atencioso, simpático, agradável e muito alegre. A grande maioria com feições indígenas e estatura muito baixa.


Passamos pela Praça das Armas, onde se destacam a Catedral, exemplar da Escola Cusquenha de pintura, que envolve o barroco europeu e a arte andina e a igreja da Companhia de Jesus, construída pelos jesuítas sobre o Amarucancha, antigo palácio inca Huayna Cápac.

Seguimos para o Convento de Santo Domingo, onde, no início do século XVI, os espanhóis construíram uma igreja católica sobre os muros de pedra de Coricancha, templo mais importante do império inca. A igreja tem três naves, um domo, um coro esculpido para cedro, as paredes estão decoradas com azulejos de Sevilha. No convento há uma pinacoteca expondo pinturas dos séculos 17 e 18.



Voltamos para a festa popular e aproveitamos para conversar e tirar fotografias com os nativos.


Fizemos um lanche e voltamos para o hotel e compramos, ao preço de trinta e cinco dólares, por pessoa, um passeio pelo Vale Sagrado no dia seguinte. Deitamos cedo, pois às seis da manhã o guia iria nos pegar.

O Valle Sagrado de los Incas é uma região de grande valor histórico e arqueológico no vale do rio Urubamba. Há nesse vale descendentes incas que ainda falam quéchua e cultivam os usos e costumes incas.

Nossa primeira parada foi no Mirador Taray, de onde se vislumbra boa parte do Vale Sagrado.


Em seguida, visitamos o sítio arqueológico de Pisac, com suas bem traçadas terrazzas (sistema de plantio inca) Fizemos uma boa caminhada, apreciamos uma paisagem deslumbrante.





Lamentamos apenas que nosso guia disponibilizou pouco tempo para contemplarmos o sitio arqueológico e muito tempo no mercado local.

Na parada para um típico almoço peruano (incluído no preço), nos surpreendemos com o restaurante instalado num casarão espaçoso e com a comida saborosa.  Nos fundos do restaurante há uma grande área verde, onde circulam algumas lhamas, animal símbolo dos Andes. 


Seguimos para a fortaleza de Ollanta y Tambo, com suas ruínas seculares




Grupo de alunos peruanos aprenendo a história inca "in loco/'
Seguimos para o povoado de Chinchero, que fica entre Cusco e Urubamba, região belíssima, rodeada de campos verdejantes e montanhas nevadas.

Montanhas e ruinas de Chincheiro

Povoado de Chincheiro

Crepúsculo em Chincheiro
Para encerrar nosso dia, tivemos um encontro com os descendentes dos incas que nos mostraram como tecem seus tecidos e fabricam suas tintas.



Nossos colegas de excursão ao Vale Sagrado