quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Reforma Política: A Emenda Poderá Ficar Pior que o Soneto


Coisa difícil no Brasil é fazer reformas. Mesmo as boas iniciativas do governo, como o Plano Real, que estabilizou a moeda e deveria ser complementado com as reformas trabalhista, previdenciária e tributária, acabou ficando incompleta.

Agora a bola da vez é a reforma política, que já deveria ter sido feita há mais de vinte anos. Pelo menos agora se criou uma comissão no Senado e outra na Câmara dos Deputados para tratar do assunto. Já começou mal, por que criar duas comissões e não uma comissão mista?

Algumas mudanças já são esperadas pela sociedade há muito tempo, tais como: fim das votações secretas nos legislativos, da imunidade parlamentar, da figura do suplente e do foro privilegiado, implantação da fidelidade partidária, proibição do candidato eleito para o legislativo ocupar cargo no executivo, exceto quando renuncie, proibição de disputar outro cargo eletivo durante a vigência do mandato, proibição de contratar parentes e cabos eleitorais, etc.

No entanto dentro das propostas das duas casas legislativas estão dois itens que podem piorar o que já é péssimo: lista fechada e financiamento público das campanhas.

A lista fechada simplesmente vai tirar do eleitor o poder da escolha de seu candidato para o legislativo. O eleitor vai votar na legenda e o partido vai definir, previamente, quem vai tomar posse, podendo, inclusive, perpetuar seus partidários mais influentes no poder, que, normalmente, são os mais inescrupulosos. A lista fechada que vem sendo defendida pelo PT é o caminho mais fácil para a corrupção.

O financiamento público das campanhas significa que nós, contribuintes, que já financiamos um estado inchado, as ineficiências e os desperdícios do governo, além de toda a roubalheira dos políticos, vamos financiar também os partidos políticos e seus candidatos. É uma forma de institucionalizar o caixa dois.

Já que a Lei de Marphy determina que algo que já está ruim sempre pode piorar, vamos aguardar que vem "chumbo grosso" por aí.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Brasileirão, Serie A, cada dia mais emocionante


Após a 24ª. rodada, o campeonato brasileiro de futebol encontra-se totalmente aberto, no que se refere a disputo do título. Diferente dos principais campeonatos da Europa, onde dois ou três clubes realmente disputam o título, no Brasil, já no returno, temos, pelo menos, sete equipes com reais chances de terminar a competição levantando o troféu. Isso é ótimo, pois futebol é essencialmente emoção.

Podemos considerar que Vasco, São Paulo, Corinthians, Botafogo, Fluminense, Flamengo e Internacional estão na briga pelo título, não sendo possível afirmar quem tem mais probabilidade de conquistá-lo. No entanto, podemos analisar cada um deles tendo como base o elenco, o técnico e as suas principais deficiências.

O Vasco da Gama, mesmo não possuindo um grande elenco vem fazendo uma bela competição. Dedé, Juninho Pernambucano, Felipe, Éder Luiz e Diego Souza são seus principais valores. Infelizmente, seu bom treinador, Ricardo Gomes, sofreu um AVC e, certamente, não voltará este ano ao comando da equipe. Esta seria a grande dificuldade que a equipe teria que superar. No entanto, os últimos resultados vêm demonstrando que a lamentável doença do técnico provocou uma grande união entre os jogadores e a comissão técnica. Esta união vem servindo como fator motivador para as vitórias e a busca do título para homenagear o treinador.

O Corinthians tem um elenco de qualidade média, com destaque para o volante Ralf, o meia Alex e o atacante Liedson. Este último é o grande nome da equipe, quando ele não joga o time cai muito de produção, pois lhe falta o definidor das jogadas. Seu treinador, Tite, não me agrada, é apenas razoável, fala muito e realiza pouco. O principal problema do timão para a conquista do título é sua queda de desempenho num momento importante da competição. Não creio que conquiste o título.

O São Paulo tem o melhor elenco do campeonato, com jovens jogadores formados em suas categorias de base, mesclado com veteranos muito experientes e vencedores. Poderia ser o favorito disparado para a conquista do título não fosse seu treinador, Adilson Batista, que depois de fracassar no Cruzeiro, no Corinthians, no Santos e no Atlético-PR foi, surpreendentemente, contratado para o São Paulo. Ele representará a maior dificuldade para a conquista do tricolor do Morumbi.

O Botafogo começou mal a competição, manteve o técnico e nas últimas partidas vinha mostrando uma grande evolução, sendo apontado até como candidato ao título. Seus destaques individuais são Jeferson, Bruno Cortês, Loco Abreu, Herrera e Maicosuel. De repente, perdeu de goleada para o Coritiba, de 5x0, na 23ª. rodada. Aí começou a receber críticas, mas essa derrota pode ser apenas um tropeço eventual. Eu continuo acreditando no Botafogo como um candidato ao título.

Depois do São Paulo, o Fluminense tem o segundo melhor elenco. Teve muita dificuldade no inicio do campeonato, enquanto esperava a chegada de seu atual treinador, Abel Braga. Conquistou quatro vitórias consecutivas e entrou na briga pelo título. Está crescendo de produção na hora certa. Ontem perdeu por 3x0 para o Bahia, mas continua na disputa.

O Flamengo nunca me convenceu. Tem um elenco razoável, com um jogador diferenciado, Ronaldinho Gaucho, mas vem em queda livre nas últimas nove rodadas. Seu treinador, o “professor” Vanderlei Luxemburgo é um técnico decadente. Desde 2004 não ganha um título importante, já que o campeonato estadual, mesmo o paulista, tem importância secundária. Eu não acredito no Flamengo nem mesmo entre os quatro primeiros colocados.

Resta o Internacional, que vem crescendo nas últimas rodadas, tem um bom elenco, um bom técnico, que joga ofensivamente e, o mais importante, possui o principal centroavante do futebol brasileiro, o goleador Leandro Damião. Pode surpreender na reta final.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vergonha Nacional: Mais um ministro é demitido por mau uso do dinheiro público.


Depois de oito meses de mandato, o governo Dilma já foi obrigado, pelas denúncias, a demitir seu quinto ministro. Destes apenas o ministro Nelson Jobim saiu por insubordinação, os outros quatro por corrupção.

Esta constatação patética mostra, claramente, que a corrupção no governo federal é institucionalizada e que a escolha deste ministério foi uma lástima.

Se a escolha dos ministros coube a Dilma, como deveria ser, demonstra que ela é conivente ou incompetente. Se a escolha foi do ex- presidente Lula e dos partidos aliados significa que ela é não tem poder, apenas cumpre as ordens de seu ex-chefe.

Com a saída do ministro Pedro Novais, abriu-se uma grande oportunidade para a nomeação de um técnico que pudesse preparar o país para receber a avalanche de turistas nos grandes eventos esportivos que vamos promover nos próximos anos, mas infelizmente, a nomeação de mais um deputado, o maranhense Gastão Vieira (PMDB-MA) que não conhece nada da área já foi concretizada, apenas para agradar ao Sarney e seu partido.

A gestão do turismo no Brasil é péssima. Atualmente, com a primavera árabe, os europeus deixaram de viajar para a Tunísia, Egito e Marrocos nos últimos meses e o Brasil não realizou nenhuma ação para atraí-los para o nosso nordeste, que mesmo no inverno é ensolarado e quente. Lamentável. Vamos continuar perdendo milhões de dólares e euros com a fantástica indústria do turismo.

sábado, 10 de setembro de 2011

11 de Setembro foi apenas o inicio da derrocada americana


À medida que se aproxima o décimo aniversário do atentado que derrubou as torres gêmeas, o assunto toma conta da mídia e não é para menos, pois esse foi o maior espetáculo que presenciei em toda a minha vida. Embora tenha sido macabro, sinistro, covarde e repugnante como são todos os atos terroristas, seu planejamento minucioso e sua execução fantástica marcaram de forma indelével o início do século vinte e um. O mundo nunca mais será o mesmo depois de 11 de setembro. A apreensão, o medo e a insegurança passaram a fazer parte do dia a dia do mundo ocidental.

Os Estados Unidos não tardaram a responder aos ataques, lançando a Guerra ao Terror: invadiram inicialmente o Afeganistão, com intuito de derrubar o Talibã que abrigou os terroristas da Al-Qaeda. Em seguida invadiram o Iraque, que, supostamente, teria armas de destruição em massa. Estas duas guerras já custaram aos cofres americanos mais de três trilhões de dólares, ajudando a afundar o país numa dívida colossal.

É evidente que o atentado foi a demonstração cabal que a antipatia que os EUA sempre conquistaram em boa parte do mundo, principalmente, pelo seu comportamento belicista e agressivo foi aos poucos se transformando em ódio. Seria mais inteligente e muitíssimo mais econômico o grande pais do norte ter aproveitado o terrível evento para fazer uma humilde reflexão sobre suas causas e mudar radicalmente de comportamento diante do mundo, deixando de ser um país provocador de guerra para um país pacificador do planeta. Mas, infelizmente, é querer de demais de George Bush e dos republicanos arrogantes.

Além disso, os oito anos de total incompetência do governo Bush foram arrasadores para a economia americana, que culminaram com a grande crise econômica de 2008. Há quem considere o dia 15 de setembro de 2008, data do início da citada crise, seja mais fatídica que o 11 de setembro de 2001, mas tudo teve inicio com o atentado das torres. A partir daí os Estados Unidos entraram em franco declínio, cada dia perdendo mais seu poderio e sua credibilidade diante do mundo. Estamos presenciando a grande derrocada de um império.