quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A absolvição da deputada Jaqueline Roriz, o supremo escárnio da Câmara dos Deputados



No momento em que se discute no Brasil, o nosso maior problema: a corrupção, a Câmara dos Deputados tem a desfaçatez e a cara de pau de absolver a Deputada Jaqueline Roriz, flagrada recebendo propina do então Secretário de Estado do Distrito Federal Durval Barbosa, no episódio denominado “mensalão” do DEM.

Foram 265 parlamentares que votaram favoráveis a permanência da deputada, institucionalizando a corrupção.

A defesa da deputada foi patética. Ela confirmou o crime, mas alegou que este ocorreu quando ela era apenas uma cidadã comum. Isto significa dizer que antes de ser deputada ela podia cometer qualquer tipo de crime e que ficaria limpa por meio das urnas. A urna passou a ser uma espécie de pia batismal. Uma vez eleita ela se torna imaculada. Muito interessante!

Mais interessante ainda é lembrar que os “mensaleiros” que cometeram seus crimes durante o mandato também foram absolvidos. Resta saber se depois do mandato também pode.

Agora a “nobre” deputada vai concluir seu mandato como se nada houvesse acontecido: livre, leve e solta.

Na próxima eleição o povão já esqueceu o ocorrido ou nem tomou conhecimento dele e, certamente, vai elegê-la de novo. Isso é o Brasil, nós merecemos!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Última rodada do Brasileirão mostra equilibrio e nenhuma surpresa



Após a última rodada do Brasileirão 2011 já podemos fazer uma análise do que passou e, em conseqüência, apontar os times que terão maior probabilidade de disputar o título, de ficar na zona intermediária e de cair para a segunda divisão, ou série B, como prefere a CBF.

Tudo indica que o título ficará entre os seis primeiros colocados no primeiro turno, ou seja, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Vasco, Botafogo ou Palmeiras, não só pela colocação deles na primeira fase da competição, mas, principalmente, pelo futebol apresentado.

Desde 2003, quando passamos a ter um verdadeiro campeonato brasileiro, isto é, uma competição onde todos enfrentam todos, dentro e fora de casa, saindo campeão aquele que acumular o maior número de pontos, que notamos uma particularidade interessante: o time que consegue uma média de dois pontos por partida ou um aproveitamento de 66,7 %, tem todas as chances de ser campeão. Nestes oito anos de competição apenas o Cruzeiro, em 2003, conseguiu um número maior, 2,1 pontos por partida. Na atual temporada esta marca continua prevalecendo, o Corinthians, primeiro colocado do primeiro turno e que no início da competição chegou a alcançar 93% de aproveitamento ou 2,7 pontos por partida, terminou o turno com a média de 1,95 pontos. Para saber se o seu time tem ainda alguma chance de conquistar o título basta calcular quantos pontos, em média, ele conseguiu no primeiro turno e quantas partidas ele terá que ganhar no segundo turno para alcançar os dois pontos, em média, no final do campeonato.

A disputa pelo primeiro lugar está cada dia mais acirrada. Corinthians, Flamengo e São Paulo que chegaram a distanciar dos outros concorrentes apresentaram declínio nas últimas rodadas e Vasco e Botafogo vem crescendo de produção, com o Palmeiras correndo por fora. Os únicos times que podem ameaçar estas seis equipes são Cruzeiro e Internacional. Esta duas equipes decepcionaram no primeiro turno apresentando um futebol muito irregular.

Na zona de rebaixamento a briga será entre América MG, Atlético MG, Avaí, Atlético PR, Figueirense e Bahia. Surpreendente nessa lista é o Atlético Mineiro, que embora seja um freqüentador assíduo da zona de rebaixamento nos campeonatos anteriores, no inicio do ano fez contratações de peso e esperava-se que iria até lutar pelo título. O Atlético fechou o primeiro turno com apenas quinze pontos. Terá que conquistar mais trinta pontos no segundo turno para se salvar do rebaixamento.

As demais equipes ficarão na zona intermediária. Esta é a conclusão com base no desempenho dos times no primeiro turno, mas como futebol muitas vezes apresenta surpresas, poderemos ter um time que fez péssima campanha no primeiro turno, crescer de produção no segundo, como aconteceu com o Grêmio em 2010 ou mesmo uma equipe bem colocada no primeiro turno, despencar no segundo e até cair para segunda divisão, como já ocorreu no passado. Mas aí seria uma grande zebra, o mais provável é acontecer o que nós previmos no inicio do texto.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que fazem os órgãos de fiscalização do Brasil?



Nos últimos anos tomamos conhecimento de muitos escândalos de nossos políticos, quase sempre ligados à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público. Mesmo assim esses fatos se tornam públicos somente quando há alguém para denunciá-los. Para citar os mais escabrosos, relataremos apenas quatro. Comecemos com os “anões do orçamento”. Eles foram denunciados em outubro de 1993, pelo chefe da assessoria técnica da Comissão de Orçamento do Congresso José Carlos Alves dos Santos, integrante da quadrilha.

A denúncia provocou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI no Congresso Nacional, que identificou um esquema de propinas elaborado pelos deputados integrantes na comissão do orçamento. Dezoito foram acusados, sendo seis cassados, oito absolvidos e quatro renunciaram para evitar a cassação e a inelegibilidade.

O caso Collor começou com uma entrevista de seu irmão Pedro Collor à revista Veja que acusou o tesoureiro da campanha PC Farias de comandar um esquema de corrupção. Pedro apresentou um dossiê que apontava operações ilegais de PC.

Aberta a CPI, esta confirmou a ligação de atividades ilegais do empresário PC Farias com o governo federal, o que culminou com a cassação de Fernando Collor.

Foi outra entrevista, desta vez do Deputado Federal Roberto Jefferson, que veio a público o que se chamou de “Mensalão”, um neologismo derivado da palavra mensalidade, referindo-se a uma suposta “mesada” paga a deputados em troca de apoio aos projetos de interesse do Poder Executivo. Segundo Jefferson o termo já era utilizado largamente entre os parlamentares para designar essa prática ilegal.

O mensalão do Democratas de Brasília foi o nome popular do escândalo denunciado por Durval Barbosa, ex-secretário do então Governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, em novembro de 2009 e confirmado pela Polícia Federal por meio da Operação Caixa de Pandora.

Na época foram divulgados vídeos onde apareciam o governador e diversos deputados recebendo propina em forma de dinheiro vivo. Foram acusados o governador José Roberto Arruda, o vice-governador Paulo Otávio, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal Leonardo Prudente e vários secretários do Governo do Distrito Federal.

José Roberto Arruda foi preso em 11 de fevereiro de 2010, após tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra. Ficou dois meses preso e o processo contra ele e os demais acusados corre na justiça.

Se não houvesse as denúncias de José Carlos Alves dos Santos, Pedro Collor, Roberto Jefferson e Durval Barbosa, os anões do orçamento continuariam com sua atividade ilegal, o ex-presidente Collor teria completado seu mandato com o PC Farias a tiracolo, os “mensaleiros” não teriam sido incomodados e o José Roberto Arruda também teria concluído seu mandato e provavelmente teria sido o candidato a vice-presidente na chapa do Serra.

Significa dizer que se não houver denúncia pode-se roubar a vontade.

Agora eu pergunto: O que fazem os órgãos de fiscalização do Brasil?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Queda do quarto ministro do governo Dilma evidencia a herança maldita


A presidente Dilma se elegeu, exclusivamente, pela indicação e apoio de Lula. O ex-presidente passou os últimos dois anos de mandato promovendo sua ministra da Casa Civil. Dilma foi eleita, mas teve que aceitar o ministério montado por Lula. Afinal, ela representa um governo de continuidade.

Bastaram sete meses de mandato para a nova presidente sentir que recebeu uma verdadeira herança maldita, termo tão utilizado pelo PT, principalmente, no primeiro mandato de Lula, quando este, na realidade, recebeu de FHC uma economia estabilizada e preparada para o crescimento.

O atual ministério de Dilma é fruto da política de coalizão, que privilegia a farta distribuição de cargos no executivo aos partidos aliados em troca de apoio no Congresso. Um autêntico “toma lá, dá cá”.

No inicio do seu primeiro mandato, Lula resistiu a dar cargos ao PMDB, por ser esse um partido fisiológico e não programático. No entanto, com a descoberta do “mensalão”, veio à tona que embora não distribuísse cargos o governo comprava os parlamentares da base aliada por meio de benefícios diversos.

Com o avanço das investigações da CPI e o risco de perder o mandato, Lula mudou seu discurso e passou a aceitar qualquer tipo de aliança e a distribuir ministérios e cargos importantes do Poder Executivo aos partidos aliados para se garantir na presidência. Até o final de seus dois mandatos, o ex-presidente sempre defendeu seus ministros, mesmo sob sérias denúncias de corrupção. Quando era inevitável demitir, ele tratava de reabilitar o demitido, como fez com Palocci.

Agora Dilma ensaia uma postura diferente, recusando a ser conivente com as falcatruas descobertas em seus ministérios, o que tem assustado os partidos da situação, principalmente o PMDB, que já sente saudades do jeito Lula de governar.

Nos próximos meses veremos se a atual presidente continuará o processo de faxina iniciada no Ministério dos Transportes e que agora precisa continuar nos Ministérios de Turismo e Agricultura ou se irá sucumbir diante da chantagem da base aliada.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tierra de Heroes, um bar temático em Buenos Aires para quem gosta de futebol


Eu estava andando, tranquilamente, pela Avenida Corrientes, em Buenos Aires, a uma quadra da Av. Nove de Julho, quando deparei com um bar temático sobre futebol, o Tierra de Heroes. A fachada é simples e acanhada, mas quem é fanático por futebol jamais deixaria de entrar e conferir.

Bela surpresa! O bar tem um importante acervo histórico: coleção das bolas oficiais utilizadas em todas as Copas do Mundo, camisa dos clubes argentinos e de seleções de diversos países, muitas delas autografadas pelos seus principais craques, uniforme exclusivo do Santos de Pelé, a camisa 10 que ele vestiu em 1963, uma ficha federativa original de Lionel Messi, então com 15 anos, no Barcelona, a chuteira do último jogo do Francescoli, grande craque uruguaio que atuou durante muitos anos na Argentina, réplicas dos troféus da Copa do Mundo (Taça Jules Rimet e Fifa), Liga dos Campeões da Uefa e Libertadores da América. Pagando apenas 10 pesos (R$ 4) é possível tirar uma foto ao lado da Copa Libertadores.



É o mesmo preço para a miniatura desta taça. Há miniatura com o emblema de todos os campeões desde o inicio da competição em 1960. Depois que eu comprei a miniatura do meu time, o proprietário do bar, o simpático Sérgio Perez, perguntou se eu queria ver uma taça que não existe. Achei estranha a pergunta, mas disse que sim. Aí ele foi lá dentro e trouxe uma Taça Libertadores com o escudo do Corinthians. Esta é muito vendida, principalmente para os torcedores do São Paulo, Palmeiras e Santos, que a levam para gozar os corintianos, afirmou. Perguntei se ele não tinha uma taça com o escudo do Clube Atlético Mineiro. Sua resposta foi surpreendente: “Nunca ouvi falar desse time”. Parece que o Atlético não é muito conhecido por aqui.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Presidente Dilma poderia se tornar a maior “faxineira” do planeta



Quando o PT assumiu o poder em 2002, eu, que não era eleitor do partido, via com preocupação a posse de Lula. Temia, principalmente, que houvesse mudança na política econômica que fora tão bem elaborada no governo FHC. Por outro lado, acreditava, ingenuamente, que haveria um grande combate à corrupção, praga que assola o país desde o seu descobrimento, em 1500. Minha crença era baseada nos vinte anos em que o discurso do PT sempre pregava honestidade, probidade, trato responsável do dinheiro publico e seu combate incessante contra os políticos corruptos dos partidos adversários que estavam no poder.

Muito bem. Minha preocupação com a política econômica, felizmente, era infundada. O governo Lula não só manteve a política econômica, como foi até mais radical com os princípios estabelecidos no governo anterior. O meu erro foi acreditar no combate à corrupção. Aí também ocorreu o contrário. A corrupção aumentou e foi alimentada pela nefasta política de coalizão com os partidos políticos, aumentando sua participação no governo. Os ministérios, com todos os seus principais cargos, foram distribuídos aos partidos da base aliada.

Durante os oito anos do governo petista, os escândalos foram abafados debaixo da alta popularidade do Lula. Até o mega-escândalo do mensalão, o governo conseguiu minimizar tanto sua dimensão, quanto seus reflexos.

Agora a bomba está estourando no colo da Dilma, que até prova em contrário é uma pessoa íntegra e bem intencionada. Tanto assim que ela está operando uma verdadeira limpeza no Ministério dos Transportes, denominada pela imprensa de “faxina”. O Ministério dos Transportes, comandado pelo PR – Partido da República, todo mundo já sabia que há muitos anos é um antro de corrupção. Exatamente por isso era um ministério muito disputado pelos partidos. Aí começou a demissão em série, demonstrando que o governo atual tem outra postura diante das denúncias.

Em seguida surgiu o escândalo no Ministério da Agricultura, que provocou a demissão de seu Secretário Executivo. Desta vez o ministério é comandado pelo PMDB, principal e maior aliado do governo, o que deixou a presidente Dilma numa saia justa. A presidente começou um processo de limpeza do seu governo e ganhou pontos junto à sociedade por enfrentar a corrupção, mas, certamente, não esperava que onda de denúncias fosse atingir tão rapidamente seu principal aliado. Enquanto ela tentava um malabarismo para enfrentar este desafio, estoura um escândalo maior no Ministério do Turismo, também comandado pelo PMDB. A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Voucher e prendeu o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, e mais 35 pessoas supostamente envolvidas em desvio de dinheiro público.

Ocorre que o PR, que foi tão castigado, quer que o Palácio do Planalto dê o mesmo tratamento ao PMDB.

O ideal seria aproveitar as denúncias e fazer uma limpeza geral. Se os órgãos de fiscalização fizessem uma devassa nos ministérios provavelmente iriam encontrar desvios em todos eles. Esta seria a grande oportunidade para a presidente Dilma agir como verdadeira estadista e se transformar na maior “faxineira” do planeta.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Viagem ao Chile – sexto capítulo: Shopping Parque Arauco e Restaurante Como Água para Chocolate


7º. Dia: Nosso último dia em Santiago, foi de descanso, compras e fechamento festivo de nossa viagem com um jantar no badalado Restaurante Como Água para Chocolate. Pela manhã: sauna, piscina e repouso no próprio hotel. À tarde com um cupom do hotel que nos dava 10% de descontos nas principais lojas, seguimos para o Shopping Arauco, a bordo da van que faz o transporte entre os hotéis e esse conhecido centro de compras. O Parque Arauco localiza-se no bairro Las Condes, tem mais de 350 lojas das melhores marcas e 40 lojas dedicadas exclusivamente ao lar e à decoração.

Nos dias anteriores já havíamos feito algumas compras no centro de Santiago, principalmente, nas três lojas de departamentos (Tiendas): Falabela, Paris e Ripley. Essas “tiendas” estão espalhadas por Santiago, com boa variedade de produtos e bons preços.

A tarde foi no shopping. Os preços estavam bem convidativos, e compramos roupas, malas, vinhos e pequenas lembranças.

À noite: jantar no Restaurante Como Água para Chocolate (http://www.comoaguaparachocolate.cl/). Esse nome, claro, foi inspirado no filme homônimo e local imperdível para quem visita Santiago. Localiza-se no bairro boêmio de Bellavista, onde há grande número de casas noturnas. Sua decoração é bem original: cores fortes, à moda Frida Kahlo, pintora surrealista mexicana (Coyoacán, 6 de julho de 1907 — Coyoacán, 13 de julho de 1954). Na entrada, uma surpresa: curiosa mesa em forma de cama, com tudo que tem direito: peseira, cabeceira, travesseiro e lençol, muito interessante!

Há mesas no pátio e na varanda, onde, por sorte, estava a que reservamos. De cima tem-se uma bela vista de todo o restaurante, sempre cheio de pessoas bonitas e alegres, muitos turistas.

O atendimento da garçonete foi ótimo e a comida também. Comi Salmão com legumes; minha mulher Corvina flambada no conhaque e minha filha o prato que é o carro chefe do restaurante: Congrio rosa ao creme de espinafre. Para acompanhar, claro, vinho chileno de boa qualidade.

Todos nós escolhemos bem nossos pratos. A Karina, minha filha, gostou tanto, que ao sairmos do restaurante, exclamou: Nunca comi tão bem na minha vida! Exageros à parte, primeiro porque ela é sempre muito empolgada e expressiva, quando gosta e quando não gosta de alguma coisa; segundo, porque ela frequenta os bons restaurantes de São Paulo, cidade considerada um dos centros gastronômicos mais importantes do mundo. De qualquer forma, uma avaliação altamente positiva para o restaurante.

Encerramos nossa viagem ao Chile, bem satisfeitos com o que vivenciamos nesse belo país vizinho.
















sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Viagem ao Chile, quinto capítulo: Museu Colonial e Centro Cultural Palácio La Moneda

Iglesia San Francisco
6º. Dia: Dedicamos este dia para atividades culturais. Bem ao lado de nosso hotel está o monumento arquitetônico mais antigo do Chile, a igreja San Francisco e o Convento da Ordem, complexo que foi construído de 1586 a 1628. Lá está instalado hoje, o Museu Colonial.

Começamos por conhecer a igreja por dentro. A sua configuração arquitetônica mostra uma nave central, duas laterais e duas capelas laterais formando uma cruz latina. O lado sul é a igreja, sacristia e claustro, onde se hospedam os franciscanos, o Museu Colonial e o pátio central, com árvores centenárias.



Após conhecer e fotografar a igreja fomos conhecer o museu colonial. Ele tem trabalhos em metal, pinturas e imagens sacras, espalhados por sete salas. A grande sala expõe 54 pinturas com a vida de São Francisco. São obras pictóricas coloniais mais importantes do Chile e melhor conservadas da América do Sul. Além das obras pictóricas, o museu exibe também prataria, ferro forjado e uma interessante coleção de fechaduras hispano-americanas, etc.



Destaca-se também a sala dedicada a Gabriela Mistral, importante poetisa chilena, prêmio Nobel de Literatura em 1945. Lá estão as medalhas e diploma dessa importante premiação.

Centro Cultural do Palácio La Moneda

 
Ao visitarmos pela primeira vez o Palácio La Moneda, sede do governo federal, não imaginamos que sob o extenso jardim (Praça da Cidadania) à sua frente, houvesse um interessante e amplo Centro Cultural. Foi na segunda vez que observamos uma placa e uma escada lateral que dá acesso ao Centro Cultural Palácio La Moneda, inaugurado em 2006 com o intuito de valorizar a cultura chilena.

Ocupa 7.200 metros quadrados distribuídos por três pisos subterrâneos. Foi projetado pelo arquiteto Cristián Underraga Interessante notar que sua iluminação natural é proveniente do espelho d’água localizado na praça. Nele há várias exposições, algumas gratuitas e outras a preço simbólico. Ficamos em torno de três horas pro lá e não foi suficiente para conhecê-lo bem.

Para maiores informações veja o site oficial:http://www.ccplm.cl/
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Viagem ao Chile - quarto capítulo: Valparaiso e Viña del Mar


Um passeio praticamente obrigatório para quem visita Santiago é esse que inclui Valparaiso, cidade histórica, fundada em 1536, declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, sede do Poder Legislativo e Viña Del Mar, o mais importante balneário do país, também conhecida como cidade jardim.



Começamos por Valparaiso. A cidade se situa em uma baía rodeada por uma montanha bastante íngreme. Depois de conhecermos a orla marítima, onde se encontra o principal porto do Chile, a área bancária e comercial, o Congresso Nacional, cafés e teatros, subimos para a cidade alta, onde deparamos com as construções antigas, nem sempre bem conservadas.


Caminhamos por ruas serpenteadas, passagens estreitas e vislumbramos uma vista maravilhosa do mar, A parte alta da cidade é composta por 42 morros e diversos miradores (mirantes), como o Mirador Portales, Mirador Esperanza, Mirador O'Higgins e Mirador Marina Mercante.

Após esta bela caminhada, verdadeira aula de história, cultura e tradição fizemos uma parada na Casa Museu do poeta e prêmio Nobel Pablo Neruda, a La Sebastiana, comprada por ele em 1959 e onde ele escreveu boa parte de sua obra. A vista é magnífica, o que deve ter ajudado a inspirá-lo.



 
A inclinação dos morros é tão acentuada que foi necessário instalar ascensores (funiculares) para fazer o transporte entre a parte baixa e alta da cidade. São 15 funiculares, declarados monumentos nacionais. Foi num desses que fizemos a decida, para concluir nossa visita a Valparaiso.

Viña Del Mar, principal destino de veranistas do Chile, está colada a Valparaiso, mas sua arquitetura é moderna, com ricos prédios de apartamentos ao longo de 3,5 km de praia, com excelente infra-estrutura de hotelaria e gastronomia.


Na entrada da cidade deparamos com um de seus símbolos, o Relógio de Flores, certamente o local mais fotografado pelos turistas.

Apesar das águas geladas do Pacífico, o clima de balneário está sempre presente. Sua praia mais famosa é a Reñaca, com seus edifícios em forma de degrau. Salinas, Acapulco e Del Sol também são praias bem freqüentadas. Vale a pena conhecer sua orla.


Devido a sua vocação turística a cidade promove diversos eventos ao longo do ano, destacando-se o Festival de La Canción, em fevereiro, e o Festival de Cine, em outubro.


Infelizmente a estada em Viña foi rápida, não nos permitindo conhecer duas de suas maiores atraçõe: o Museu de Arqueologia Isla de Pascua (Museo Fonck), que retrata a pre-história andina, as culturas Rapanui, Aimara, Atacameña, Mapuche e do extremo Sul de Chile e expõe peças genuínas do espólio cultural chileno de um valor incalculável. A guia nos deu apenas cinco minutos para tirarmos fotos diante de sua fachada e o Parque Nacional La Campana, distante 40 km do balneário, foi visitado pelo cientista Charles Darwin que, na ocasião, ficou impressionado com sua flora e fauna.

Para quem quiser conhecer melhor Valparaiso e Viña Del Mal, vale a pena alugar um carro e dedicar um dia para cada uma delas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Viagem ao Chile - terceiro capítulo: Farellones e Valle Nevado



4º. Dia: Tour Gelado: Farellones e Valle Nevado

São 07h30min, dia ensolarado, céu completamente azul. Estamos saindo do hotel para mais um passeio. A van, como sempre, repleta de brasileiros. Na saída da cidade paramos numa loja da Ski Total para alugar roupas especificas para a neve: macacão impermeável, botas, luvas e óculos. A loja é bem desorganizada, porém os preços do aluguel são tão altos que praticamente daria para comprar ao invés de alugar. Depois de várias tentativas conseguimos encontrar a roupa que nos servisse. Nosso guia, o Rodrigo foi o melhor de todos os passeios. Era muito atencioso, falava um portunhol bem razoável e nos deu todo apoio necessário.
Nossa primeira parada seria em Farellones, a estação de Sky mais próxima de Santiago. Desde sua fundação em 1946, Farellones tem se destacado por ser um centro de esqui familiar, com atrações que atendem adultos e crianças. A estrada, construída nos anos 30, é estreita e tortuosa. São quarenta curvas fechadíssimas, devidamente numeradas, saindo da altitude de 800 metros de Santiago até chegar ao centro de esqui de Farellones, aos 3000 metros. A temporada inicia em meados de junho e vai até o inicio de outubro.

Poderíamos optar pela aula de esqui, mas seria demorada e ficaríamos sem almoço. Resolvemos fazer o tubing. Trata-se de uma bóia gigante que é jogada morro abaixo com a gente dentro. Também chamada de Sky-bóia ou Sky-bunda como os brasileiros preferem. Você paga 7.000 pesos, mais ou menos 14 dólares e pode utilizá-la durante uma hora, descendo e subindo. Interessante é que na subida você é içado por um cabo de aço, o que facilita muito o deslocamento. Foi muito divertido. Em seguida fomos almoçar em um bom restaurante, bem perto do local.



Depois do almoço eu pretendia participar dos “juegos aéreos” – um circuito de pontes de corda e tirolesas. Os participantes são transportados até o início do circuito e, depois de deslizar nas alturas, desembarcam junto a base da estação. Infelizmente já estava na hora de irmos para o Valle Nevado. Uma pena!
O percurso para o Valle Nevado tem 20 quilômetros de curvas. No meio do caminho fizemos mais uma parada para podermos brincar na neve. Foi difícil subir a montanha coberta com gelo fofo, mas ótimo, até boneco na neve nós fizemos. Foi a primeira vez que meu netinho Igor teve contato com a neve e ele adorou.



Terminada a brincadeira seguimos para o tão esperado Valle Nevado. É deslumbrante a paisagem.
Inspirado nos mais modernos resorts europeus, o Valle Nevado é o centro de esqui mais moderno do Chile. Foi construído por uma empresa francesa aos pés do imponente Cerro El Plomo. É um lugar imperdível para todos os turistas que visitam o Chile.
Ficamos admirando a belíssima vista das montanhas nevadas e as manobras arriscadas dos esquiadores. Tiramos muitas fotos, tomamos um “chocolate caliente”, compramos umas lembranças e sentamos para descansar. Estava terminando nosso passeio. Era hora de voltarmos para hotel.



No próximo post falaremos do passeio a Valparaiso e Viña Del Mar.